sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"Uma outra comunicação é possível e necessária"

por Catarina de Angola

“É um mundo asfixiante, em que os fatos são tirados de seu contexto concreto e transmitidos como se fossem eventos fragmentados, sem qualquer vínculo com a história, com a sociedade, com a economia”. Esse é um trecho do texto Uma outra comunicação é possível (e necessária), de José Arbex Júnior e a partir dele percebe-se que é justamente isso que acontece com as notícias veiculadas nos meios de comunicação.

E, infelizmente, boa parte da população que recebe essas informações não tem a oportunidade de contextualizar esses fatos. Essa é a uma das conseqüências do monopólio dos meios de comunicação no Brasil. País que tem uma população com aproximadamente 170 milhões de pessoas e onde apenas famílias controlam a comunicação no País.

E é a partir daí que temos que pensar no lado humano do Direito à Comunicação, que é a proposta deste blog. Nós temos é que lutar pelo Direito Humano à Comunicação. Pois ele deve ser exigido assim como o direito humano à saúde, à educação, ao lazer, à cultura. Tem que ser efetivado pelo Estado, na luta para a TV pública, pela comunicação com qualidade com políticas públicas.

É papel de cada cidadão e principalmente dos comunicadores lutar por uma comunicação de qualidade. Não se deve ficar de braços cruzados, pelo contrário, devemos trabalhar para a difusão do conhecimento e para a democratização, pois não é possível falar de democracia sem passar pela comunicação. E essa mobilização não é de agora, pois como foi colocado por Aline, já existe em todo mundo há muitos anos uma preocupação com a democratização da comunicação. A tecnologia possibilitou a maior interação de todos à comunicação, temos como exemplos os blogs na internet, mas isso não significou que todos tiveram acesso e o Direito Humano à Comunicação.

E os alunos e alunas de comunicação devem lembrar que apesar de não ser uma tarefa fácil, não podemos deixar de cumprir o papel de comunicadores sociais. Porque a entrada no mercado de trabalho é a grande preocupação, futuros jornalistas, e essa luta para entrar nesse mercado é que mexe com a cabeça das pessoas, é que faz parecer tão difícil a luta por um jornalismo sério e ético.

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